Artigo (Sofismas, ideologia de gênero, a Alepe e a sensatez pernambucana)

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Fica acordado que, no presente, não haverá mais diferenças entre homens e mulheres. Que o fato de nascer com o sexo masculino ou feminino não obriga ninguém a identificar-se como tal. De onde surgiram essas regras? Como aportaram em nossas vidas prontinhas?
Não é a primeira vez que a humanidade passa por uma doutrinação sofista, cujo teor não assusta pelas ideias transmitidas em palavras, mas destrói vidas, se executada. Há, na maioria dos países, um movimento encabeçado pelos inventores da ideologia de gênero. São os sofistas de hoje. Antes de falar do que pregam, relembremos momentos cruciais na história da humanidade em que o sofisma emergiu e o que causou. 
Nos tempos de Sócrates (cf. Platão, O Sofista), os sofistas, na condição de retóricos pagos pelos políticos da época, procuravam convencer o povo das ideias dos seus patrocinadores. Avançaram para destruir a base do saber. Para isso, negavam a existência do ser e da verdade, e submetiam o povo às suas opiniões. Heroicamente Sócrates os resistiu. Por fim, os sofistas desapareceram e prevaleceu a verdadeira filosofia.
Bem antes, no início de tudo, conforme o relato bíblico, no Jardim no Éden a serpente, sorrateiramente, dirigiu-se a Eva. Em sua fala procurou persuadir a mulher de que Deus teria dito a ela para não comer dos frutos das árvores do jardim, quando Deus dissera para não comer apenas “do fruto da árvore que está no meio do jardim”. Ou seja, o sofisma é a distorção da verdade. Criada pela plena sabedoria de Deus, a verdade prevalece do início até o fim de tudo. Promove justiça aos homens, sempre. 
Tratemos dos promotores da ideologia de gênero. Eles alegam ser necessário combater o “mal” que evidencia as diferenças entre os sexos. Sendo mais claro, o “mal” a ser combatido é a ética, a moral e a verdade, e também a manifestação natural da vida que, sabemos, gerou o que hoje conhecemos como a história da humanidade através da procriação.
Destruiremos a memória e os atos dos nossos antepassados e os valores do presente a troco de quê? Se não temos a noção de gênero como identidade, dado que se mostra variável e é apresentado como dogma a ser seguido às escuras, tatearemos no labirinto da ignorância apenas para servir de cobaia aos inventores da ideologia de gênero?
Avançar com o tema sem questionar e estudá-lo é aderir à práxis da militância de gênero, cuja finalidade é fazer com que a teoria tome de conta da sociedade inteira, sem que pensadores e intelectuais ou mesmo o grosso da sociedade como um todo perceba o abismo. 
É uma prática comum entre os seguidores da “teoria crítica”, que tem por regra que os outros podem criticar tudo, menos a metodologia crítica, nesse caso, o conceito de gênero. É próprio do autoritarismo impregnar nas mentes uma teoria “inquestionável”, obedecendo às crenças de seus criadores e domesticando os desavisados. Sem dúvida, eles querem uma “democracia” que se imponha contra a verdade, enquanto, para difamar a mesma verdade, tacham-na de “autoritarismo” histórico. Ao pintar os outros com suas cores, essa ditadura disfarçada de liberdade pretende impor sua hegemonia. Agora já sabemos porque querem começar pelas crianças. Ensinar sexo aos pequeninos para que? Eles não têm o senso crítico formado. São presas fáceis para os ideólogos do gênero. 
Porque se fossem só as diferenças entre masculinidade e feminilidade, por que não debatem-se os ajustes comportamentais entre homens e mulheres? Por que não se luta por uma sociedade onde a paz seja a receita? Ao invés de anular os “privilégios” masculinos, como eles alegam, por que não optar pela sensatez do compartilhamento dos deveres e afazeres? Se a ideia é igualdade, ninguém deve ser “mais igual” que o outro.
O pior é que a cartilha de normas desses ideólogos se contradiz. Todos sabem que as pessoas nascem homem ou mulher. Mas eles acham que podem convencer as sociedades a afirmar o contrário, como se a humanidade fosse composta por débeis mentais que não sabem decifrar entre a lógica da verdade e a mentira.
Mergulhados na própria contradição, dizem que as pessoas já nascem com um terceiro sexo. Depois, pela teoria cair na chacota, afirmam que o sexo, de fato, é determinado biologicamente, mas o gênero pode definir-se na construção social. Essas incongruências só descredenciam militantes e defensores da ideologia de gênero. Das duas principais autoras da ideologia, uma é a favor da subversão da identidade através de atos corporais subversivos, típicos do movimento que quer a atuação de performances revolucionárias. A outra é mais ortodoxa; pretende reescrever a história a partir da noção de gênero. No entanto, existem mais de 40 teorias diferentes de gênero. Todas discordam entre si.
Por fim, o que eles querem é colocar grupos de pessoas para criticar e denegrir a realidade que está bem a nossa frente. Nenhum deles se preocupa em justificar a própria crítica, até porque, com tantos pontos de vista diferentes, ninguém conseguirá estudar tudo sobre ideologia de gênero. Há muito material. Nem mesmo gastando toda a vida se consegue. Quem tentar, ficará perdido nesse labirinto sem saída e, completamente intoxicado de informações contraditórias, acabará por adotar uma entre elas, trocando a realidade pelo discurso. 
Então, o que seria razoável no momento é justamente defender o cânone que temos: a família, a razão, a proteção e amor aos filhos. E nisso, a Assembleia Legislativa de Pernambuco acertou em cheio, ao aprovar o requerimento que solicita ao Ministério da Educação que retire “expressões da Base Nacional Curricular Comum que contenham relação com a ideologia de gênero”. Os deputados atenderam ao pedido de um milhão e meio de famílias que não aceitam a ideologia de gênero na grade curricular das escolas, o que mostra a sensatez do povo pernambucano. Já os municípios ficaram livres para decidir se adotam ou não o ensino da teoria nas escolas. Até o momento, poucos discutiram, porém rejeitaram a proposta, a exemplo da Alepe. Chegará a vez dos demais. É preciso estar alerta para esse mal no seio da sociedade. Eles, os criadores dessa ideologia, não descansarão. Apenas fingirão que recuaram. São filhotes dos ensinos de Vladimir Lênin, cuja lógica é “Um passo em frente, dois pra trás”, quando pretendem avançar com suas práticas escusas.
O desejo deles e de muitos outros grupos é lançar a sociedade num labirinto com temas distorcidos e aparentemente inocentes, para elevar à décima potência a arte de dividir pessoas e colocar uns contra os outros. Cidadãos do mundo, uni-vos. Só o entendimento pode nos proporcionar dias de paz.

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