Mudança na cultura política

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No início de 2015 fui desafiado a escrever sobre a reconfiguração da sociedade brasileira. A pesquisa veio em boa hora. O Brasil já entrara numa turbulência de acirramento de ânimos havia dois anos.
A população despertara para participar dos destinos do país. Manifestações, entreguismo e guerra por poder, provocaram a mudança cultural. Comportamento político-social é coisa fracionada no Brasil de hoje. Na pós década petista, a conquista do poder exige manobras mais alinhadas com os novos anseios e demandas da sociedade interligada.
O trabalho concluído em 2016 discorre sobre as duas últimas décadas das gestões PSDB/PT. De forma especial, descreve a ascensão e queda do petismo no Brasil. Daí acrescente-se a influência no comportamento brasileiro do ressentimento coletivo, da ética particular e da divisão de classes.
De todos, o ressentimento é o mais forte. Se uma pessoa (ou grupo –partido, no caso do PT), escolhe vitimizar-se, ninguém a desafia. E é assim que o PT manipula parte da pátria, que “dorme distraída”. A manobra nasceu com a fundação do partido. Mesmo no poder, o PT não abdicou do papel de vítima. E aqui surge um fator interessantíssimo. Estudos realizados com camadas sociais na Europa pelo psiquiatra e escritor Theodore Dalrymple, comprovaram que o ressentimento é o sentimento mais poderoso de todos. Imaginem isso na cultura política?
Um partido “em defesa das classes menos favorecidas, da igualdade de direitos”, que sempre sofreu represálias dos poderosos e “continuou sofrendo”, pode ser questionado por seus atos? Não. Até seus prováveis crimes, podem ser tidos por pecados menores.
A maneira de julgar ou analisar uma pessoa ou entidade com esse perfil, procede da seguinte forma: como seres humanos, sofremos da tentação de julgarmo-nos melhores que os demais. Se encontramos alguém que já se julga menor que nós, o que faremos a ele? Deixá-lo no ocaso.
Nessa compaixão, doa-se àquele que “está no ostracismo” o bem que se pode. E esse bem que o povo brasileiro pode oferecer no caso do PT, é o voto. A sociedade crer (inconscientemente) que o partido está no ostracismo. O petismo sabe que é aí onde reside sua grande força, elevando-o ao pódio. Nessa relação, é difícil haver divórcio.
A pesquisa, inédita, trata também da influência do pensamento do filósofo e político italiano Antonio Grammsci na educação brasileira, capitaneada por PSDB e PT, e do caos na cultura brasileira.

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