Cultura do estupro e castração libidinal

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Em breve nos será dada a ordem de açoitarmo-nos em público como punição ao prejuízo causado à sociedade. Que maldades andamos fazendo? Sem o saber, colaborar ou mesmo pensar, somos acusados de sermos agentes ativos ou passivos (diretos ou indiretos) e incentivadores da cultura do estupro. E aí quedamos. Refletimos, talvez – Como somos malvados!
Entendo, entendo o horror que o ato provoca. É traumatizante, despersonaliza a vítima e deixa sequelas que podem se arrastar por toda a vida, se não decretar a morte.
Mas aqui reivindica-se o bom-senso. A não lembrança de qualquer incentivo ao estupro. Cidadãos comuns não fazem parte, ou têm qualquer sentimento referente ao estupro, com exceção de repulsa e raiva aos estupradores. Pois bem. Por mais puras que sejam nossas mentes, em cujo campo jamais tenha pousado qualquer ideia do ato do estupro, somos (descobrimos atônitos) os responsáveis pela cultura do estupro. 
É o que diz a fala coletiva imposta nas universidades, na mídia, nas ONG’s, cuja habilidade resume-se em separar pessoas por classes, e jogar uns contra os outros. Descobriram (ou definiram maldosamente?) terem sido nossos pais que criaram a cultura do estupro, em meio a uma sociedade majoritariamente “falocêntrica”.
Nossos “monstruosos” genitores orientaram os filhos (machos) a interessarem-se por garotas. Vejam que barbaridade. Os donos desse discurso são uma canalha pseudo-marxista que gostaria de ter, numa só tacada, toda a sociedade servil aos interesses deles. Já é grande o prejuízo. Temos uma geração de homens fracos vindo por aí. Já ocorre o “amassamento” masculino, que é a submissão total à mulher. Tal comportamento é ridículo para ele, chulo para ela e nada pedagógico para as futuras gerações. São inúmeras as famílias onde não existe o líder, e quando existe não é o homem. Tem coisa mais sem direção do que isso?
Os cínicos separatistas de pessoas por classe teimam em dizer que a “sociedade machista” incentivou a cultura do estupro. Com isso, invertem a ordem das coisas, promovem o desrespeito entre os parentes e a falta de identidade dos membros da família. Retiram a responsabilidade dos verdadeiros incentivadores do estupro. Por eles passam a inocente (ou perversa?) TV brasileira, cujo maior feito (ou ensinamento) é filmar as dançarinas por baixo das saias. Escapam as campanhas publicitárias com mulheres seminuas e a moda sensual. Atitudes ensinam mais do que palavras. Se o corpo está à disposição de todos, passa a ideia de que não tem valor nem para a própria dona. Se ela assume que não tem valor, ninguém mais pode lhe dar o devido valor. Os homens convocados a “amá-las sem preconceito” devem refletir se vale a pena amar a quem não ama a si mesma.
Nada disso é citado como incentivo à cultura do estupro. A mídia massificou a moda do momento em ser “piriguete”, destruindo o conceito do que é ser mulher. Os adolescentes aprendem com a mídia que toda mulher é vulgar. Todas querem atirar-se aos garotos, pois são o seu alvo. Ninguém reclama das “atrizes” que se prestam a esse papel, porque, com isso, conseguem a castração libidinal, pela avalanche da sensualidade e pornografia reinante até torná-los quase impotentes, de tanto desejar o inalcançável. Em seguida, fazem com que todos sintam-se culpados por contribuir com a cultura do estupro. Assim, esse indivíduo é lavado a se redimir. O que querem os manipuladores de consciências? Castrar a capacidade libidinal e moral. Só assim cria-se uma geração frágil, imbecilizada para empunhar a bandeira da própria ruína.

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