Aníbal Veras: mais de seis décadas de amor ao rádio

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Eram 11h30 da manhã do dia 17 de outubro de 1952. Próximo à Praça da Bandeira, um prédio havia sido erguido com uma finalidade nobre: interligar Limoeiro com o mundo. A população agitava-se com tão inusitada novidade, e o empresário F. Pessoa de Queiroz inaugurava a Rádio Difusora de Limoeiro.
O proprietário da emissora (atual Rádio Jornal) estava acompanhado de populares e algumas autoridades. Entre elas, o Coronel Francisco Heráclio do Rego (Chico Heráclio) e o professor Antônio de Souza Vilaça. Na parte técnica estava Aníbal Veras, um comunicador inesquecível que faria muito sucesso nas décadas vindouras.Lá se foram 63 anos. Aníbal, hoje aposentado, não perdeu o amor pelo rádio. Pelo contrário, ainda atua como radioamador prefixo PY7 BRA Classe A. O comunicador tornou-se a memória viva da radiofonia limoeirense e foi, também, instrutor de outros profissionais que ganharam fama no rádio pernambucano.
Aníbal idealizou dois grandes programas de sucesso pela Difusora: Praça da Saudade e Colombo Social. O primeiro durou 32 anos no ar.A Praça da Saudade teve, durante anos, uma audiência espetacular, onde, com seu “boa noite”, o apresentador saudava em versos as cidades de Bezerros, Carpina, Gravatá, Limoeiro, Passira, Paudalho, Taquaritinga do Norte, Vicência.
O programa iniciou gravado e, depois, seguiu ao vivo com interpretações de grandes sucessos brasileiros pelos músicos limoeirenses - incluindo Aníbal – Gerson Batista e Adalberto Moreira. Aníbal era uma espécie de “show man” que alegrava as noites de muitos pernambucanos.Em setembro de 1979, quando o programa completou 21 anos no ar, a rádio contratou o cantor Nelson Gonçalves, um dos nomes mais famosos do momento, para fazer um show no Colombo Sport Club. Tudo foi transmitido ao vivo. A data ficou marcada na memória dos limoeirenses.

O comunicador – Em reconhecimento a seu profissionalismo, a Câmara de Vereadores de Limoeiro aprovou a concessão da Medalha de Honra ao Mérito a Aníbal Veras. A entrega da comenda ainda não tem data marcada.
Aníbal também recebeu a Placa de Bronze da Casa do Radiamador de Pernambuco e a Medalha de Honra ao Mérito da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisa Social, reconhecimento do governador Moura Cavalcanti e do sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre. Ambas as comendas deveu-se à sua atuação durante a enchente do Rio Capibaribe no ano de 1975.
O comunicador foi tema de peças literárias a exemplo do poema “O pássaro da Praça”, do Dr. José Barbosa de Souza; o frevo “Aníbal Veras”, de Alonso Costa e as crônicas “O apologista da saudade”, de Ivaldo Carvalho e “Praça da Saudade”, de Antônio de Souza Vilaça.

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